Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso
O padrão de chuvas em muitas propriedades rurais de Campo Novo do Parecis, ao oeste de Mato Grosso, tem sido de pancadas bem escalonadas neste início de semeadura da safra 2024/25 de soja. Esse cenário atrasa o plantio e ameaça a produtividade da oleaginosa na região.
De acordo com o Sindicato Rural do município, apenas 30% dos 375 mil hectares destinados à oleaginosa nesta temporada foram cultivados até o momento. O cenário é bem diferente do registrado no ano passado, quando em torno de 80% da área estava plantada nesta época.
Conforme o agricultor Lucca Branco Giacomet, ao Patrulheiro Agro desta semana, em algumas partes da sua área a média de milímetros de chuva chega a 70 e, quando comparado com o ano passado, o local já registrava 240 milímetros.
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso
“Tem que arriscar um pouquinho para a gente fazer uma safrinha cheia. Já temos um atraso de 20 dias comparado aos dois últimos anos e a chuva demorou a cair”, pontua.
A expectativa do agricultor é cultivar cerca de 2,3 mil hectares de soja nesta safra. Para a segunda safra, a programação é semear a metade da área com milho e, os outros 50%, de milho pipoca.
“Estamos plantando conforme a chuva. Se chove em um canto, a gente planta lá. A gente vai levando, quanto mais pra frente, maior o risco da safrinha. Então, esse é o dilema. Não pode errar, se produzir bem, paga a conta mas se der uma errada, uma seca… Aí fica difícil”, pontua.
Em outra propriedade, na mesma região, o cenário é de apreensão. A baixa oferta de umidade no solo, provocou atraso no plantio e ameaça a produtividade da soja semeada.
O agricultor Milton Bazila, conta que os 30 milímetros de chuva na propriedade, ainda é pouco para plantar. Até agora, ele conseguiu semear apenas 250 hectares na fazenda.
A Fazenda Catarinense deve cultivar este ano 3.056 hectares de soja.
“Minha média no ano passado fechou em 39 sacas só de soja, já vem dessa dificuldade, e agora o clima está prejudicando nós de novo, de repente reduzir para 50%, 60% da área e não plantar a soja, para plantar uma área de algodão de 1.500 hectares. As previsões não são boas ainda até o final do mês”, explica.
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso
De acordo com o Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, nesta safra, a soja deve ocupar cerca de 375 mil hectares no município.
O presidente do Sindicato do município, Antônio César Brólio, explica que Campo Novo dos Parecis, já deve ter plantado 30%, até agora. E que a soja germinou mas perdeu o vigor pela falta de umidade.
“A gente já faz a conta de 6% a 7% dessa área aqui na região. O pessoal já tirou o pé e vai esperar uns dias para frente para plantar direto o algodão”, explica.
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O post Escassez hídrica atrasa plantio e ameaça produtividade da soja no oeste de MT apareceu primeiro em Canal Rural Mato Grosso.
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Autor: Redação Canal Rural MT
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